SARRANDO OS BAILARINOS DA MADONA | FÉRIAS GREGAS | O MINOTAURO | 4|

-- O café da manhã está aqui! – ouvi o Minotauro chamar do quarto.
Eu voltara do mar, depois de ter nadado por quase duas horas, e outro tanto de caminhada. Meus músculos estavam tinindo. Faminto, cuidara de abrir o frigobar silenciosamente, mas uma prateleira se soltara num estrondo, acordando meu amante.
-- Cadê você, Menino Bonito?
Tirei a camiseta regata e os shorts, ficando só de sunga. Verde limão. Acho que a moda naquela época eram cores cítricas, fosforescentes. O importante é que a sunga marcava minha cintura, e valorizava minha silhueta, erguendo minha bunda.
Ao entrar no quarto, o Minotauro estava encostado à cabeceira da cama. Apesar de ser uma cama de casal, ele parecia não caber ali. Porque a grandeza daquele homem não estava só no seu corpo de fisiculturista, mas na presença. Dominante, marcante, de uma violência controlada, mas mesmo assim extremamente sedutora, irresistível. Nu, como havia dormido, ele sacudia sua ereção potente na minha direção. Cabeleira desgrenhada, a barba por fazer, o corpanzil refeito por uma boa noite de sono, parecia mais colossal e poderoso que nunca. Sem querer resistir ao perigo, subi à cama como se fora um altar do sexo e eu, voluntária vítima sacrificial. Depois de alguns dias dando para o Minotauro, entregando-me sem resistência à sua pegada forte e as estocadas profundas, meu cuzinho encontrava-se laceado, em estado permanente de ardência e relaxamento, desejoso e disposto.
Com o fôlego treinado pela natação da manhã, propus-me abocanhar o cacetão do meu macho e não largar mais, até que ele me desse porra. Deitado no meio das coxas fabulosas, não me importava perder o fôlego ou sentir ânsia de vômito com sua cabeçorra adentrando minha garganta. Enquanto ele estocava minha boca, eu tentava engolir ainda mais do caralho. Nem me importava ficar afônico por algumas horas. Estava determinado a ter meu café da manhã prometido, o leite do macho jorrando em minha garganta. Puxando-me de um tranco pela coxa, para ficar mais aconchegado a ele, o Minotauro tinha conseguido acesso ao meu cuzinho, o qual penetrava alternando os dedos, o dedão, dois dedos, três. Ele próprio já tinha arrancado minha sunga. Achei que pretendesse me fazer gozar assim, cutucando minha próstata, enquanto eu estava com seu pau entalado na boca.
Mas o Minotauro tinha outra fome, também. E estava no comando da nossa refeição matinal. Puxou-me para cima, pelo sovaco, quase me destroncando o braço. Às vezes o homenzarrão mostrava não ter consciência da própria força, que parecia aumentar com a urgência do desejo. Achei que ele quisesse me beijar, até. Mas enquanto sugava e mordia meus mamilos, ele me posicionou no colo e, agarrando-me pela cintura, me fez sentar no cacete dele, até o talo. Por mais que já tivesse provado antes daquele pauzão, era sempre impressionante a maneira como me alargava e preenchia, e soltei o maior gemido da minha sinfonia de gemidos daquela manhã.
Ao invés do festival de estocadas fundas e fortes de costume, naquela manhã o homem estava a fim de se divertir. Nem entra e sai, nem tira e põe, o Minotauro começou a rebolar dentro de mim, movimentando o quadril em círculos. Numa inspiração de momento, comecei a rebolar no sentido contrário. E quando digo rebolar... Sabe aquele momento em que a câmera de TV se aproxima da Rainha da Bateria na avenida e ela dá o melhor de si? Era eu no colo do Minotauro! Meus gemidos e os grunhidos dele, em perfeita harmonia, diziam que havíamos inventado a mais gostosa coreografia de penetração. A surpresa e o prazer no olhar brilhante dele revelavam que aquele engate era tão inédito e gostoso para ele quanto para mim. Nem tanto a força e a intensidade das outras vezes, era a sincronia dos movimentos antagônicos que nos arrebatava. Nem que tivéssemos ensaiado aquilo antes, seria tão gostoso. Começamos a rir. De felicidade, de liberdade. Tudo o que dois gays poderiam ter sofrido de rejeição, de bullying, de insegurança, naquele instante o nosso engate perfeito parecia cancelar. A gente rebolava, sem pudor, sem medo, e nenhum de nós queria parar, queria quebrar aquela coreografia sem vergonha.
Seria o momento perfeito para uma declaração, para um beijo. Mas... Minotauro não beija. Macho não declara amor. Era isso, no entanto, o que trazia preso na minha garganta. E o que via nos olhos do homem que me encarava, deliciado e agradecido, cúmplice no prazer sem culpa.
Não costumo gozar forte, nem longe. A não ser que seja uma foda muito longa, e o macho me estimule muito bem. E como parecia que estava gozando há vários minutos, com aquele cacete enterrado e rodando dentro de mim, enquanto eu girava na direção contrária, a ejaculação foi quase uma surpresa, e uma desnecessária confirmação da delícia que era entregar-me àquele macho potente. Um dos jatos alcançou o pescoço grosso do Minotauro, sob o queixo, o que provocou novo acesso de riso em mim. Sim, sou daqueles que gostam de rir depois de gozar, e adorei ver que meu gozo fazia o Minotauro sorrir.
Fez também com que ele me agarrasse pela cintura, enquanto eu o agarrava pelos cabelos, e me derrubasse na cama e passasse a me foder com a força insana do próprio gozo urgente que se aproximava. De novo me vi esmagado pelo peso do meu macho, mas tendo sobrevivido antes, me entreguei ao momento. Transar com o Minotauro era acessar um catálogo de Sensações e Emoções – a vergonha do gozo com mijo, o outro gozo que viera depois do pânico, e agora, um gozo acompanhado de riso e celebração. Tinha vontade de gritar Eu te amo!, Eu te amo!, enquanto o Panagiotis derramava porra farta dentro de mim, me esmagando em seu abraço. Mas o grito de amor ficou estrangulado na minha garganta. Em seu lugar, aquele riso livre, feliz. Só parei de rir, com o macho grudado a mim, quando minha própria porra pingou do queixo dele para dentro da minha boca, e quase engasguei.

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Queijo de cabras que pastavam pelas colinas de Hydra, servido com mel de colmeias das mesmas encostas. Linguiça artesanal, assada na lenha. Spanakopita. Tiropita. Folheados salgados acompanhados de geleia de figos da floração anterior. Pão da comadre para molhar no perfumado azeite local, temperado com orégano das moitas que cobriam a ilha inteira. E um peixe pescado naquele mesmo dia, assado com fatias de cebola, tomate e rodelas de limão. Panagiotis tinha me convidado para almoçar num restaurante onde o único estrangeiro era eu. Foi minha melhor refeição em muito tempo. E embora àquela mesa sob a sombra duma esplendida buganvília explodindo em flores eu estivesse feliz e satisfeito, não podia deixar de notar a qualidade de “amor de pica” que sentia pelo Minotauro. Nosso sexo era maravilhoso. Juntos, abraçados, também ficávamos tranquilamente em silêncio, o que era outra surpreendente qualidade. Mas quase não tínhamos o que conversar um com o outro. Restava comer então, depois de ter sido comido.

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Ao despedir-se de mim, numa ruela deserta, o Minotauro plantou um beijo longo e demorado na minha testa, enquanto imobilizava minha cabeça entre suas mãozorras. Quase um batismo. Senti um arrepio de medo. Parecia-me um beijo de despedida.
-- A gente se vê hoje à noite, né? No Plateia? – perguntei, a voz trêmula de emoção.
-- Estarei lá. – foi só o que disse, depois de ter me encarado seriamente, tristemente, por quase todo um minuto. E o assisti afastar-se, acendendo o cigarro que tinha roubado ao dono do restaurante. Era o primeiro cigarro que via o Minotauro fumar de dia. Era o cigarro que marcava a volta do Panagiotis ao fumar compulsivo. Embora disso eu não soubesse ainda.

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Andava pelas ruas sentindo-me sexy. E safado. Tinha me depilado completamente aquela tarde. E tendo passado hidratante depois, sentia minha pele lisinha e macia dentro da roupa. Meu saco ficara especialmente sensível, e a sensação de minhas bolas roçando-me as coxas e o linho das calças me deixava de pau latejante, babando. Tinha vontade de encostar-me a uma parede e bater punheta ali mesmo, no meio da rua.
No Plateia, havia já alguns clientes. Vislumbrei o Peter, o amigo lindíssimo do Panagiotis, sentado a um canto. Sem o gato no colo. Se não fosse o Minotauro, já teria me oferecido ao irlandês na noite mesmo em que o conhecera. O olhar dele me seguia, dava para sentir, apreciativo e esfaimado. Vani, a hostess querida, ocupada com uma mesa de amigos dela, gente festiva e barulhenta, olhou-me com preocupação. A mesma preocupação pareceu-me enxergar no olhar no Panagiotis, quando tentei abraça-lo. Ele esquivou-se, passando por mim a caminho de uma mesa, carregando três lindos pratos de comida. O chef Gerôme estava de volta, e a todo vapor. Ele próprio saiu da cozinha, um momento depois. Se não foi exatamente grosseiro, pois se dignou a cumprimentar-me com um leve aceno de cabeça, no entanto olhou-me como se eu fosse um cachorro sarnento que tivesse invadido seu restaurante e abocanhado o melhor pedaço de carne reservado às suas receitas.
Imaginei que ele estivesse contrariado de ter de cozinhar de graça para mim, como tinha ficado combinado, em sua ausência, com o Panagiotis, seu sócio e praticamente meu namorado.

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Pretendia sentar-me com o Peter, para tentar fazer ciúmes ao Panagiotis, que insistia em me ignorar. Mas fui apresentado aos amigos da Vani, e juntei-me à mesa deles, onde estavam os dois bailarinos da trupe da Madona. Estavam na Europa para abrir o próprio estúdio de dança. Enquanto um deles era falante e exuberante, e respondia a todas as minhas perguntas, o outro estava melancólico, e bebia muito. Eram semelhantes no físico. Altos, esbeltos, os corpos musculosos da dança (aquelas coxas grossas, os glúteos perfeitos, e a cintura torneada de bailarinos) e não bombados de academia. Muito bonitos, os rostos bem masculinos valorizados por cabelos cortados muito curtos. Nem eram tão parecidos, mas faziam o mesmo tipo. Até na vestimenta, de shorts muito curtos e apertados usados com coturnos, e camisas bem folgadas. Não vou descrever mais do que isso, e jamais raça ou etnia. Século passado, quando ainda não se falava em inclusividade e diversidade de casting, Madona já praticava isso. Negro, asiático, latino, árabe – o leitor escolhe a seu gosto como serão os dois gatíssimos bailarinos da Madona, que chamarei de Tom e Tim. Foi deles que ouvi pela primeira vez falar em “Soul Train”, e na “Ballroom Scene” de Nova Iorque. Muito grato, até hoje.

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Mea culpa. Fui eu, inspirado pela presença dos bailarinos, quem começou a dançar entre as mesas, quando começou a tocar “Missing” do ebtg. Vani se juntou a mim, interessada que estava em incitar o tesão de um dos caras sentados à nossa mesa, um hetero carrancudo. A própria hostess tinha posto um CD dance para tocar, uma vez que as outras mesas já tinham ido embora. Peter conversava ao balcão com Panagiotis e o chef Gérôme.
Amo dançar. Até mais do que fazer sexo. Afirmação ousada para quem, até agora nessa história, só levou pau no cu. Mas é verdade. Danço feliz, danço sozinho, danço acompanhado, danço em público, danço em casa. Dançar é outra forma de gozo, contínuo, prolongado. Já me disseram que danço bem, que até intimido quem não sabe dançar, de tanta energia que coloco no ato. Pulo feito uma cabrita. Canto junto, se conheço a música. Me sacudo por inteiro. Vexame mesmo. E também sorrio o tempo todo, enquanto danço. Porque danço feliz, danço como se dançar fosse o próprio Paraíso.
Antes do final de “Missing”, os dois bailarinos também dançavam conosco. Vani afastou-se um instante, para convencer Panagiotis a pilotar as pick-ups. Aparentemente, meu amante tinha talentos de DJ amador. Ao verem-me quicando sozinho no meio da pista improvisada, Tim e Tom me cercaram e abraçaram, um por trás e outro pela frente, e começamos a dançar naquele sanduiche. Foi assim que a noite começou a esquentar, ao som de Jamiroquai e Daft Punk, enquanto eu deixava os dois bailarinos me agarrarem e me conduzirem pela cintura. Coxas musculosas entre minhas coxas recém depiladas, mãos fortes correndo na minha barriga lisinha. Tom e Tim se alternavam à minha frente e costas. Às vezes me flanqueavam. Mãos dadas, abraços. E beijos. Eles começaram se beijando, e logo me incluíram no beijo. Que virou um “treijo”. Adoro beijar, e o Minotauro vinha me deixando na vontade há vários dias. “Finally” no falante. Eu rebolava e sacudia as cadeiras, sentindo a ereção de Tim, a ereção de Tom, enquanto eles sarravam meu próprio pau duro. Mas o que os atiçava, eu já tinha percebido, era meu sorriso, franco, largo, gratuito e inocente, e minha alegria, espontânea, verdadeira, ao dançar. Eles me beijavam tentando engolir, devorar meu sorriso, enquanto que pelo canto do olho eu procurava observar as reações do Minotauro. Queria muito despertar ciúmes nele. Mas Panagiotis só fumava, um cigarro após o outro, enquanto impassível me observava prensado entre os dois bailarinos.
Até que o Minotauro apelou, e soltou “Vogue”. Tim e Tom fizeram uma careta, trejeitos dramáticos de que não poderiam suportar, de que iriam desmaiar. Separando-se de mim, embarcaram na coreografia. No inicio, tentei acompanha-los. Fiz os movimentos que lembrava do vídeo. Igualmente, usando um guardanapo por leque, Vani, nossa loira oxigenada, tentou fazer as vezes de Madona. Mas na ausência da verdadeira rainha, era dos bailarinos a totalidade do espetáculo, que eu assisti embasbacado. Ao final, aplaudimos todos, inclusive alguns transeuntes que haviam parado para assistir dois profissionais sensualíssimos em ação. Menos o Peter e o Gérôme, que tinham aproveitado para ir embora.

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-- Não precisa me ajudar – Panagiotis tirou o engradado da minha mão, no qual eu pretendia recolher os mini candelabros de vidro.
-- Assim termina mais rápido e vamos embora! – insisti, tomando uma vela em minha mão e extinguindo-a.
-- Eu não vou para seu hotel, hoje. – ele disparou na lata.
-- Porque não?
-- Você realmente não se importa, né?
-- Com o quê? – dei de ombros, ainda sem entender.
-- Com quem! – ele me corrigiu, -- O Gérôme.
-- E porque deveria me importar com o seu sócio? – encarei meu amante, verdadeiramente confuso.
Foi a expressão de total incredulidade do Panagiotis que me fez despertar do meu sonho erótico alucinado dos últimos dias. Em Inglês, a língua na qual nos comunicávamos, “sócio” é “partner”. Mas “partner” também pode ser traduzido como “parceiro”. Como o Gérôme era cozinheiro e sócio do Panagiotis no bar Plateia, eu nunca havia pensado nessa outra tradução, de “partner” como “parceiro”, no caso deles.
-- Vocês são um casal? – perguntei, voz trêmula de raiva e de tristeza.
-- Há 7 anos.
Foi como se o homenzarrão me desse um murro no estomago. Perdi o fôlego.
-- E esses dias que passamos juntos? Foda de revanche?
-- Tenho alforria, quando ele se ausenta da ilha.
-- Alforria? Alforria?!? Seu filho da puta! – gritei, jogando um dos mini candelabros de vidro no chão. Pobre poesia, mas era meu coração que se partia, em cacos. Sai correndo do bar. Para esconder as lágrimas que tinham começado a brotar em profusão.

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Fui no encalço deles, mas só alcancei Tim e Tom por sorte. Ouvi um homem vomitar, a voz de outro acalmando-o, e foi assim que os localizei numa ruela próxima.

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Ajudei Tom a colocar Tim debaixo do chuveiro, e depois na cama do quarto de hotel deles.
-- O pai dele faleceu hoje. Eles não se falavam desde que o Tim teve de sair de casa. Expulso, por ser gay.
Minhas lagrimas, que eu tinha dissolvido com a agua do chuveiro, quase recomeçaram.
-- Desculpe. – disse, sinceramente. -- E eu sorrindo a noite inteira... Estava tão feliz... Se soubesse do Tim... Desculpe...
-- Imagine! – com uma mão, Tom acariciou meu rosto. Com a outra, tirou minha toalha da cintura. A única coisa que eu estava usando, desde que Tim me puxara para baixo do chuveiro com ele, ensopando-me. -- Ele adorou você! Justamente seu sorriso... É tão... contagiante e verdadeiro! – Tom tirou o próprio shorts com um único gesto, e nossos paus duros bateram um contra o outro. -- Ele vai ficar puto de saber que dormiu enquanto você esteve aqui no quarto...
Tom puxou-me em direção à sacada, que dava para a piscina. Delicadeza para com o sono de pêsames do Tim. Porque o bailarino me assegurou que, caso não tivesse arriado de bêbado, seu parceiro teria gostado de fazer uma dupla penetração comigo. Não entendi se o penetrado seria o Tim ou eu mesmo. Seria a primeira vez, nos meus vinte aninhos de vida, e meu cuzinho piscou só de imaginar...
Tom sentou-se à cadeira de ferro, e eu me sentei de frente para ele. Era a segunda vez no colo de um macho naquele dia. Adorava aquela posição. E no caso do Tom, eu queria estar no controle da foda. Que pretendia fazer durar muito, para não ter de retornar tão cedo ao meu hotel.
Não nos importava se houvesse outros hóspedes no hotel. Que nos vissem ou espiassem transando. Mas Tom incomodava-se com os meus gemidos em volume crescente, um a cada estocada cada vez mais firme do seu pauzão. Só conseguiu calar-me beijando-me. Era tudo o que eu mais queria. Não me interessava tanto meu próprio gozo nem ejaculação. Apenas o beijo. Longo, molhado, contínuo, devorador. Tanto que no final nem gozei, mesmo sentindo Tom enchendo meu rabo, enquanto me masturbava, tentando me fazer perder o controle. Mas minha foda de revanche com o Minotauro não era tanto o pau do bailarino enterrado no meu cu, mas sim a língua dele passeando dentro da minha boca. Boca que o Minotauro mantivera intacta de beijos, embora não virgem de pica e porra. O filho da puta!

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O “Boa Noite” foi tão gentil e definitivo que sequer cogitei de pedir ao Tom para dormir no sofá, quanto mais ensanduichado na cama entre os dois bailarinos gostosos. Com um beijo cinematográfico, ele me despachou. Coragem Felipe, pensei, tomando o caminho do meu hotel. Onde me aguardava uma ridícula cama de casal. Vazia.

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Aos pés da escada que levava a meu quarto, encontrei cinco ou seis guimbas. Panagiotis, pensei. Tinha observado a quantidade de cigarros que ele fumara, enquanto pilotava as pick-ups e nos observava dançando. Fiquei imaginando quanto tempo ele teria ficado ali, fumando, à minha espera. E se Gérôme o expulsara de casa... Quando é que o Minotauro tinha desistido de me esperar? Ao final do maço de cigarros? Tempo suficiente para sacar que eu não ia voltar para os braços dele. Que, rápido e rasteiro, eu estava me entretendo com outro cacete.
Filho da puta.

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Foto 1 do Conto erotico: SARRANDO OS BAILARINOS DA MADONA | FÉRIAS GREGAS | O MINOTAURO | 4|

Foto 2 do Conto erotico: SARRANDO OS BAILARINOS DA MADONA | FÉRIAS GREGAS | O MINOTAURO | 4|


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Comentários


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meninomaisraro Comentou em 22/11/2021

engmen, muito obrigado pelo comentário repleto de adjetivos tão bonitos! e também por mencionar os comentários destes incríveis leitores que, sim, como você são um espetáculo à parte neste texto e site!! muito obrigado pela leitura!

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engmen Comentou em 22/11/2021

Mais um capítulo poderoso desta saga vibrante, intimista e reflexiva. E os comentários são um destaque a parte, magníficos! O erotismo é só uma parcela desta estória tão humana...

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meninomaisraro Comentou em 17/11/2021

olavo 1986, fico feliz que você esteja gostando dos meus textos, muito obrigado! Creio que estamos todos aprendendo uns com os outros aqui; aprendo quando leio o seu texto sem dúvida! conte-nos sua historia que lembra o relacionamento do Lipe com o Minotauro, fiquei curioso! muito obrigado pelo comentário e o voto!

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meninomaisraro Comentou em 17/11/2021

yant, é como você diz... muitas férias, muitos amores e corações partidos, experiências que muitos de nós compartilham! e fico feliz que você tenha gostado da trilha sonora... uso também para datar o conto sem mencionar o ano exato... truque de quem viveu intensamente o seculo passado também rsrsrs muito obrigado pela leitura, o comentário e o voto!

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olavo1986 Comentou em 17/11/2021

Estou viciado em seus contos... Delícia de textos, você nos transporta para dentro da ação... Estou aprendendo ao ler... Passei por uma situação assim e entendo totalmente os dois personagens... Tanto o Lipe como o Minotauro... Votado Sempre!!!!

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yant Comentou em 17/11/2021

Amores de férias são maravilhosos, mas muitas vezes nos pregam peças.. O coração nem sempre acompanha a razão e aí...rsrsrs Vou ser repetitivo mas como apreciador do som dos anos 80 e 90 devo confessar que adorei as referências musicais... Querido adorei... Abraços! Votado!

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meninomaisraro Comentou em 16/11/2021

kaka96 é como você diz, quebra de expectativa.. estava achando que teria aquele grego maravilhoso na minha cama durante toda a minha estada na Grécia e quebrei a cara... tenho certeza que você me viu sim dançando Missing... rsrs é uma música que não resisto! muito obrigado pela leitura, o voto, o comentário!

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meninomaisraro Comentou em 16/11/2021

karalegal como você diz lindamente, era um amor sem promessas e sem amanhã, mas eu não percebi... acho que estava esperando um convite para ir viver com o Minotauro, mudar para a Grécia... rsrs... mas a verdade é que eu era só um turista de passagem, e ele sabia não poder se entregar... Muito tesão, nada de coração, senão quem aguenta conviver com tanta gente de passagem, né? já comecei a escrever a continuação! muito obrigado pela leitura, o comentário e o voto!

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meninomaisraro Comentou em 16/11/2021

anonimo66... você leu minha mente, pois é justamente tentando responder essas perguntas que o texto vai continuar... cheguei à Grécia fugindo de uma história de amor, e é isso que vou contar... que bom que você gostou! muito obrigado pelo voto e comentário!

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meninomaisraro Comentou em 16/11/2021

sapeka2000 que bom que você gostou do texto e da trilha sonora! dancei bastante essas músicas, naquele tempo e de novo durante estes dias em que estava escrevendo esta historia... trazem-me sempre boas lembranças! que legal saber que você também gosta de dançar! li inclusive um dos seus contos em que você dança... muito obrigado pelo comentário e o voto!

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kaka96 Comentou em 16/11/2021

Quebra de expectativa.. Isso é broxante, faz nosso mundinho desmoronar... Mas a juventude é soberana e o "tempo refaz o que desfez" né mesmo?... Fiquei tão encantado ouvindo MISSING no meu cérebro musical, que quase pude ver você dançando... Parabéns belíssimo texto! Votado...

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karalegal Comentou em 16/11/2021

Leio sempre os comentários e estou curioso com a reviravolta...rsrsrs... Mas verdade seja dita era um amor sem promessas, quase que sem amanhã. Um tesão intenso e um carinho grande, mas tudo de momento... Aí que mora o perigo!!!!...rsrsrs... Votado e aguardando mais... Abraços!!!

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anonimo66 Comentou em 16/11/2021

E aí para que lado o amor e a entrega nos levará? A vida às vezes nos impõe essas perguntas... Desejo, sedução, encantamento tudo isso nesses textos belos... Votado!!!...

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sapeka2000 Comentou em 16/11/2021

Mais uma delícia de conto que nos deixa em suspense pensando onde todo esse enredo sedutor nos levará... Adorei as citações musicais apesar de não ser dos anos 80 eu amo a música pop desta época. Votado claro... Adorei!!! OBS: Também adoro dançar!!!

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meninomaisraro Comentou em 14/11/2021

vgrsantos, fico feliz de você ter gostado! eu achei que estava no controle (de mim mesmo) no relacionamento com o Minotauro, mas ele (e o nosso sexo) era muito único e especial para eu não ter me entregado além do que queria... enfim, como você diz, a gente cai e se levanta... e eu me levantei ali mesmo, ainda na ilha de Hydra, como vou contar depois rsrsrs... muito obrigado por ler, comentar, votar!

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meninomaisraro Comentou em 14/11/2021

Tito, que bom que você gostou! estou tentando ser fiel àquela época, e lembro bem das músicas que gostava então... e as quais adorava dançar! amei seu comentário sobre o amor; já elogiei sua capacidade de transformá-lo em uma paisagem ou cenário, e aqui de novo... muito obrigado pela leitura, o voto, o comentário e a recomendação, eres um grande apoio!

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vgrsantos Comentou em 13/11/2021

O Tito sempre falando coisas certas... O amor é assim mesmo a gente pensa que ele nos leva para um lado e ele vai para outro, nos derruba. O bom é que a gente levanta... Linda demais essa parte do conto... E as cenas de sexo nos deixam com muito desejo... Votado Sempre!!!

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titoprocura Comentou em 13/11/2021

O amor e seus barrancos, a gente se equilibra pra não cair até escorregar entre beijos e abraços e vê que já era, aconteceu... Voltei no tempo com as músicas maravilhosas citadas, " Também acho que dançar é o Próprio Paraíso"... Pacote de emoções e imagens deliciosas neste texto... Bom Demais! Votadíssimo... RECOMENDADO...

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meninomaisraro Comentou em 12/11/2021

Foram mais de 24 horas para este texto ser liberado... Alguém poderia dar uma dica do porquê?




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Ficha do conto

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meninomaisraro

Nome do conto:
SARRANDO OS BAILARINOS DA MADONA | FÉRIAS GREGAS | O MINOTAURO | 4|

Codigo do conto:
189860

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
11/11/2021

Quant.de Votos:
15

Quant.de Fotos:
2